
Perguntas Frequentes (FAQ) Isenção de IRPF - Cardiopatias
Este direito se limita aos aposentados, pensionistas e militares inativos (reformados e da reserva remunerada) acometidos por alguma das doenças constantes no Art. 6º XIV da Lei 7.713.
Portanto, com base na Lei 7.713/1988, os militares inativos, aposentados e pensionistas do serviço público e da iniciativa privada que sejam portadores de certas doenças têm direito à isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
Para obter a isenção, é necessário comprovar a existência da doença listada na Lei.
As cardiopatias englobam uma variedade de condições que afetam a estrutura e o funcionamento do coração. Elas podem ser classificadas de acordo com suas características anatômicas e funcionais, bem como pela gravidade dos sintomas apresentados.
As cardiopatias graves são condições que garantem o direito à isenção do Imposto de Renda, conforme estabelecido pela Lei 7.713/1988. Esta isenção abrange rendimentos de aposentadoria, pensão, reforma, complementação de aposentadoria e resgates de planos de previdência privada.
Para obter o benefício, é necessário apresentar um laudo médico comprovando o diagnóstico da doença.
Não, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o tratamento bem-sucedido de cardiopatia grave não exclui o direito à isenção e restituição do Imposto de Renda. A Súmula 627 do STJ estabelece que não é necessária a presença atual de sintomas da doença para a concessão ou manutenção da isenção.
Essa posição foi reafirmada no julgamento do REsp 1.836.364, no qual se reconheceu que, mesmo após tratamento eficaz, a cardiopatia grave pode implicar em despesas contínuas e risco de reincidência, justificando a manutenção do benefício fiscal.
Caracteriza-se pela redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco devido à obstrução das artérias coronárias. As principais manifestações incluem:
- Angina Pectoris: Dor ou desconforto no peito resultante da diminuição temporária do fluxo sanguíneo para o coração.
- Infarto Agudo do Miocárdio (IAM): Necrose do tecido cardíaco causada pela interrupção prolongada do suprimento sanguíneo
Decorrente da hipertensão arterial crônica, essa condição leva ao espessamento do músculo cardíaco (hipertrofia ventricular esquerda) e pode evoluir para insuficiência cardíaca se não tratada adequadamente.
Doenças que afetam diretamente o músculo cardíaco, subdivididas em:
- Miocardiopatia Dilatada: Dilatação dos ventrículos com comprometimento da função de bombeamento do coração.
- Miocardiopatia Hipertrófica: Espessamento anormal do músculo cardíaco, podendo obstruir o fluxo de saída do sangue.
- Miocardiopatia Restritiva: Rigidez do músculo cardíaco, dificultando o enchimento adequado dos ventrículos.
- Miocardiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito: Substituição do tecido muscular por tecido fibroso ou adiposo, predispondo a arritmias.
As valvopatias se referem a disfunções nas válvulas cardíacas, podendo ser:
- Estenose: Estreitamento da válvula, dificultando a passagem do sangue.
- Insuficiência (ou Regurgitação): Fechamento inadequado da válvula, permitindo o refluxo sanguíneo.
As válvulas mais comumente afetadas são a mitral e a aórtica.
Malformações presentes desde o nascimento que afetam a estrutura do coração e dos grandes vasos. Alguns exemplos incluem:
- Comunicação Interatrial (CIA): Abertura anormal entre os átrios direito e esquerdo.
- Comunicação Interventricular (CIV): Defeito no septo que separa os ventrículos, permitindo a comunicação entre eles.
- Tetralogia de Fallot: Combinação de quatro defeitos cardíacos que resultam em fluxo sanguíneo inadequado.
- Transposição das Grandes Artérias: Inversão das conexões das principais artérias do coração, afetando a circulação sanguínea.
Disfunções que afetam o pericárdio, membrana que envolve o coração, incluindo:
- Pericardite: Inflamação do pericárdio, podendo causar dor torácica e acúmulo de líquido.
- Tamponamento Cardíaco: Acúmulo excessivo de líquido no pericárdio, comprimindo o coração e prejudicando seu funcionamento.
São alterações na aorta, principal artéria do corpo, como:
- Aneurisma da Aorta: Dilatação anormal de uma parte da aorta, aumentando o risco de ruptura.
- Dissecção Aórtica: Ruptura da camada interna da aorta, permitindo que o sangue flua entre as camadas da parede arterial.
Caracteriza-se pelo aumento e falha do ventrículo direito do coração devido a doenças pulmonares que causam hipertensão arterial pulmonar. As principais causas incluem:
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): Principal causa de cor pulmonale crônico.
- Embolia Pulmonar: Obstrução das artérias pulmonares por coágulos sanguíneos.
- Fibrose Pulmonar: Cicatrização do tecido pulmonar, dificultando a respiração.
São distúrbios no ritmo cardíaco que podem ser classificados como:
- Taquicardias: Batimentos acelerados do coração.
- Bradicardias: Batimentos lentos do coração.
- Fibrilação Atrial: Batimentos irregulares e rápidos dos átrios.
Condição em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para suprir as necessidades do corpo, resultando em sintomas como falta de ar, fadiga e edema.
A classificação da gravidade das cardiopatias pode ser realizada utilizando a Classificação da New York Heart Association (NYHA), que categoriza os pacientes em quatro classes funcionais:
- Classe I: Sem limitações; atividades físicas habituais não causam sintomas.
- Classe II: Leve limitação; atividades físicas habituais resultam em fadiga, palpitação ou dispneia.
- Classe III: Limitação acentuada; conforto apenas em repouso, atividades menores que as habituais causam sintomas.
- Classe IV: Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem desconforto; sintomas presentes mesmo em repouso
Essa classificação auxilia na determinação do prognóstico e na escolha do tratamento mais adequado para cada paciente.